terça-feira, 27 de setembro de 2011

Bancários rejeitam proposta e decidem entrar em greve amanhã

Categoria reivindica aumento real de 5%, enquanto instituições oferecem apenas 0,56%
Fonte da informação site do R7

Os bancários se reuniram em assembleia nesta segunda-feira (26) e rejeitaram a proposta de acordo das 
instituições financeiras. Com isso, a categoria decidiu pela paralisação e iniciam uma greve geral nesta terça-feira (27), segundo informou o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e região.
A interrupção das atividades bancárias deverá ter abrangência nacional, mas só nesta terça-feira será possível ter uma dimensão da adesão dos funcionários à paralisação.
A reportagem do R7 entrou em contato com o Sindicato dos Bancários, que não quis estimar quantas agências seriam afetadas pela pausa nem os serviços que deixariam de ser realizados. No início da tarde desta terça-feira, o sindicato vai apresentar um balanço parcial das agências que aderiram à paralisação.
Os bancários pedem maior participação nos lucros, contratação de mais empregados, melhores condições de trabalho e, principalmente, 5% de aumento real nos salários. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) oferece 0,37% de aumento real. A reportagem do R7 também procurou a Febraban, mas ninguém foi localizado para comentar o início da greve.
A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, afirmou que, "novamente, os donos dos bancos, que tanto ganham às custas dos brasileiros, forçaram a categoria a entrar em greve, diante da falta de resposta às principais necessidades dos trabalhadores".
Segundo ela, houve cinco reuniões com representantes dos bancos, que, em um primeiro momento, ofereceram 0,37% de aumento real para os trabalhadores. Depois, esse percentual subiu para 0,56%, o que desagradou aos funcionários.
- Os bancos podem pagar mais. O lucro líquido dos sete maiores do setor, descontadas todas as despesas, cresceu quase 20% nos primeiros seis meses deste ano, chegando aos R$ 26,5 bilhões. Mas além do reajuste salarial, os bancos estão devendo muito nas contratações e na melhoria das condições de trabalho e de segurança da categoria. Essa dívida é com os bancários e com toda a sociedade.
Na quarta-feira (28), a categoria se reúne novamente para definir os novos rumos da paralisação.
Reivindicações 
Os trabalhadores pedem reajuste real de 5%, vale-alimentação, vale-refeição, 13ª cesta e auxílio creche/babá de um salário mínimo (R$ 545), PLR (participação nos lucros) de três salários mais R$ 4.500, piso salarial de R$ 2.297,51.
Além disso, a categoria quer o fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança nas agências, ampliação das contratações e combate às terceirizações.
Proposta dos bancos
As instituições financeiras oferecem reajuste de 8%, sendo 0,56% de aumento real sobre o salário; PLR de 90% salário, mais parcela fixa de R$ 1.186,66, limitado a 7.741,12 ou 2,2 salários, limitado a R$ 17.030; e PLR adicional 2% lucro líquido, divido igualmente entre os  bancários, limitado a R$ 2.587.

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