segunda-feira, 30 de março de 2015

CRIMINALIZAR: SIM OU NÃO???

Por Ana Vladia Cruz, psicóloga e integrante do Comitê Cearense pela Desmilitarização da Polícia e da Política

Este mês ocorreu mais uma rebelião no Centro Educacional São Miguel. Não é a primeira do ano entre as unidades socioeducativas de privação de liberdade e, possivelmente, não será a última. Em 2014 foram pelo menos 30 as rebeliões registradas. O Sistema está sucateado, superlotado e sem a mínima condição de garantir os direitos mais elementares de adolescentes e funcionários, a exemplo da saúde e da integridade física. Ainda mais grave: as unidades – idealizadas para a socioeducação de adolescentes que entraram em conflito com a lei através do acompanhamento com equipe multiprofissional e do acesso à educação, profissionalização, esportes, lazer e cultura – tornaram-se locais de tortura sistemática. Não se trata de um apelo retórico: é de sofrimento e dor, infligidos de forma deliberada, a que nos referimos. São casos de espancamentos, estupro, dopagem coletiva e isolamento compulsório ilegal – práticas de sanção disciplinar que estimulam a violência e a intolerância, geram marcas psicológicas e comprometem o desenvolvimento do adolescente e as relações dentro do espaço institucional.
Na mais recente visita realizada ao Centro, dia 26, foram encontradas marcas de sangue na cela de isolamento (conhecida como tranca), medicamentos vencidos e seringas utilizadas guardadas em gavetas, indicando a possível reutilização do material. No início do mês, a ANCED, o CEDECA e o Fórum DCA denunciaram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos as mais diversas violações à que estavam sujeitos os adolescentes nestas unidades. Além dos casos de tortura e maus tratos, a petição ressaltou a interdição de três das unidades por superlotação que superavam em 400% o número de vagas; a ausência de aulas e atividades profissionalizantes; as equipes insuficientes e deficitárias, em precárias condições de trabalho; e a suspensão das visitas. Em 2009, o CEDECA já havia ingressado com Ação Civil Pública requerendo providências com relação à execução da medida de privação de liberdade; e em 2014 o Fórum DCA publicou o mais recente dos sistemáticos relatórios de Monitoramento do Sistema Socioeducativo, abrangendo ainda a Liberdade Assistida e o Sistema de Justiça. Não se pode afirmar, portanto, que o Executivo não sabia da violência cotidiana nos Centros Educacionais e das inúmeras deficiências e ilegalidades em todo o sistema de atendimento relacionado à justiça juvenil. Quanto ao judiciário, a banalização das medidas restritivas ou privativas de liberdade, em consonância com a condição concreta em que estas medidas são efetivadas, nos levam a crer que a redução da maioridade penal, esta ideologia criminal da intolerância que ganha força e voz na Câmara dos Deputados, infelizmente já é uma realidade no Ceará.
Aonde isso nos levará, é difícil prever. Mas é certo que não é um bom caminho. As relações consolidadas nestes espaços não contribuem para uma ressignificação positiva da vida mas, muito pelo contrário, ensinam a banalização da violência e da humilhação, a conquista do respeito pela força e pela barganha e a consolidação da dita “carreira do crime”. Propostas de encarceramento possuem forte impacto eleitoral, mas são inócuas quanto à redução da conflitualidade social. Nenhum país que apostou na redução obteve êxito na diminuição da violência de rua e, muito menos, da de colarinho branco. Nacionalmente, as taxas de reincidência nas penitenciárias estão em torno de 70%, enquanto no sistema socioeducativo constam abaixo de 20%.
A Liberdade Assistida, medida em meio aberto que deveria ser prioritária e que possui estatisticamente melhores resultados ao primar pela convivência e o acompanhamento familiar e comunitário, tampouco se encontra em boa situação. Dentre os CREAS pesquisados no Monitoramento, cada técnico atende a uma média de 45,8 socioeducandos, enquanto o determinado pelo SINASE é de, no máximo, 20 adolescentes por profissional. Os acompanhamentos ocorrem, na maioria dos casos, de forma mensal, fato que inviabiliza o real cumprimento do PIA (Plano Individual de Atendimento).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) são importantes marcos na garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes. Em oposição à histórica cisão entre crianças e “menores”, a legislação pretende garantir a todo segmento, com absoluta prioridade, as condições de liberdade e de dignidade para seu desenvolvimento físico, mental, moral e social, salvaguardando-a de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Existe, no entanto, um verdadeiro abismo entre os enunciados legais e a realidade. Em Fortaleza, o Índice de Homicídios na Adolescência chega a 9,92 para cada grupo de mil adolescentes – a pior posição em todo o país. Significa que, caso não haja nenhuma mudança no contexto de violência que atinge a esta população, para cada grupo de mil adolescentes que hoje possuem 12 anos, 10 não chegarão a completar a maioridade, pois serão assassinados. A explosão da violência que vitima letalmente nossa juventude é estarrecedora: o Ceará alcançou, em 2012, a marca de 94,6 homicídios por cem mil jovens, quando em 2002 este índice era de 34,2. Considerando apenas a Capital, o número proporcional de vítimas salta de 59,9 para 176,6 no mesmo intervalo de dez anos. Em 2013, foram mais de 12 mil as denúncias recebidas pelo Disque 100, sendo 1363 relativas a violência sexual envolvendo crianças e adolescentes.
Em que pese todo o incremento da violência contra adolescentes, o debate massivo diz não de sua condição de vulnerabilidade e ausência de direitos, mas do apelo ao seu aprisionamento. Assim, adiciona-se os estigmas às grades de ferro – jovens negros e da periferia são considerados potencialmente perigosos, “elementos suspeitos” – e segue-se criminalizando nossa juventude através do incentivo à militarização da Questão Social, o hiperencarceramento e a ocupação policial dos bairros populares.
Adolescentes a partir dos 12 anos já são responsabilizados pelos seus atos e podem cumprir até 9 anos de medida socioeducativa. Antes, portanto, da redução, é preciso cumprir o ECA e o SINASE. Inchar o falido sistema penal sem cumprir os requisitos básicos da socioeducação é assumir a total incompetência do Estado na garantia dos direitos mais elementares.
Diante deste quadro, precisamos defender o óbvio: prisão não desfaz desigualdade social e tortura não educa. Enquanto apostarmos no recrudescimento do Estado Penal e Policial para enfrentarmos os desdobramentos da desigualdade e da falta de acesso aos direitos, contribuiremos com a violência que gostaríamos de combater.

Fonte da Informação

Texto publicado no site https://desmilitarizar.wordpress.com/

DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA E DA POLÍTICA

Foto Pertencente ao  Comitê Cearense pela
 Desmilitarização da Polícia e da Política
Na discussão acerca de qual é o papel da Polícia Militar no Brasil hoje, muitas polêmicas e contradições são apresentadas como argumentos. De um lado, temos um dado concreto de que o Brasil é o terceiro país do mundo que mais encarcera pessoas (atrás de E.U.A. e Rússia), ao passo que em outro instante existe um senso comum de que vivemos em um permanente estado de pânico, sentimento de impunidade, e a violência é uma demanda constante de boa parte dos brasileiros.
Ora, se encarceramos em massa, mas ainda há uma insatisfação coletiva quando o tema é segurança pública, significa que há um grande equívoco de atuação da Polícia Militar. Hoje, a Polícia Militar, carregando resquícios da polícia social da Ditadura, cumpre o papel de inimiga da população: extermina jovens negros na periferia, forma milícias para exercer controle social em comunidades e atua de forma truculenta nas manifestações populares, reprimindo jovens e trabalhadores através das chamadas "armas não letais".
Além disso, é importante ressaltar que os militares hoje também buscam ocupar a política. As últimas eleições municipais foram marcadas por candidaturas ligadas a militares, como por exemplo a candidatura do Coronel Telhada (Coronel da Rota), um dos vereadores mais votados da cidade de SP, que inclusive não tinha medo de mostrar sua cara, aparecendo fardado em suas propagandas.
Desmilitarizar a Polícia e a Política é uma tarefa importantíssima no presente e um passo fundamental para a superação de um passado, representando, além disso, um avanço dos direitos humanos.

Texto publicado no site Construção Coletiva, acessado dia 30 de março de 2015, no link: http://www.construcaocoletiva.org/portal/index.php/notaseartigos/desmilitarizacaopoliciapolitica

O texto a cima nos fala de uma verdade absoluta, mas não podemos deixar de lembrar que a policia é feita por pessoa de carne e osso, que têm família, mulher, filhos, que também sofrem com a falta de educação, saúde, moradia, baixos salários, que também moram nas periferias e que é trabalhando na policia que ele tira o seu sustento. Olhar de modo superficial, apenas para colocar a culpa na policia, é muito fácil. Temos que ter em mente, que os policiais são empregados assalariados, e como tal, cumprem ordens, por que precisam dos salários para manterem suas famílias. Assim esse problema é bem mais complexo do que se pensa.

EU VOTO SIM PARA A MAIORIDADE PENAL AOS 16 ANOS

Sou a favor da redução da maioridade penal, mesmo fazendo parte de um partido político que é contra. Isso pode parecer um paradoxo, mas não é. Ter opinião contrária não é erro, é ter opinião e acreditar nela. Uma das premissas do meu partido, vem da máxima atribuída a Voltaire que diz: "Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo".
O Estatuto da Criança e do Adolescente, mais conhecido como ECA - que para muitos faz jus ao apelido – desde sua criação têm recebido elogios e críticas pelo mundo. Ele é sim, um dos mais bem elaborados códigos de proteção a vida das crianças e dos adolescentes do mundo, senão o melhor elaborado. Mas como qualquer lei que é criada nesse país, deixou muitas “brechas” que são usadas para proteger marginais.
Não compreendo e não aceito pessoas que justificam a sua contrariedade a redução da maioridade penal, colocando como motivo a falta de educação, saúde e outros direitos básicos previstos na Constituição Federal. Pois se essa justificativa for valida, vamos matar os patrões que nos pagam mal, já que o salário mínimo não atende as necessidades básicas previstas na lei que o criou. Que elas acreditem que isso vai ser um problema para a população pobre e negra, tudo bem, eu até concordo. Eu faço parte da população pobre e negra, meus filhos também. Mas tenho quase certeza que eles não vão cometer crimes, mas se cometerem, têm que serem punidos e se necessário, presos. Pois ao cometerem crimes eles ultrapassaram a linha que separa as crianças e adolescentes dos marginais. Vamos deixar de sermos hipócritas e politicamente corretos, assassinos, estupradores, traficantes e outros mais que cometem crimes hediondos, não importando a idade, devem pagar pelos seus crimes na prisão, não podem é ficarem não ruas cometendo novos crimes, devido não serem maiores de 18 anos.
Você que defende esses marginais, isso é marginais, pois você não está defendo as crianças e os adolescentes, você está defendendo criminosos, que não pensam duas vezes em matar um pai de família. Imaginem um desses seus defendidos, invadindo sua casa, estuprando sua esposa ou sua filha, dando um tiro na cabeça de uma delas, o que você faria? Você não faria nada, você ia levar ele para sua casa e cuidar. Você ia colocar ele numa escola particular, porque a educação pública não presta, ai fazer um plano de saúde particular para ele, porque a saúde publica não presta também, pois a culpa é do governo que não deu educação, saúde e etc. Você ia ficar feliz em cuidar dele na sua casa?
É muito lindo falar de direitos humanos dos marginais e os direitos humanos das famílias que são destruídas por eles quem vai falar?
É muito lindo usar o ECA para defender marginais, mas quem vai usar o ECA para defender as verdadeiras crianças e adolescentes que eles matam?
O ECA é hoje um passaporte para impunidade de menores infratores (para mim, marginais), que cometem crimes contra a vida de pessoas de bem, para os que planejam a morte dos pais para ficarem com a herança, para o que matam os pais por que não querem cumprir regras, é para isso que o ECA hoje está servindo.
E você que pertence ao meu partido e que defende esses marginais, espero que passe pela situação a cima descrita, para que assim você sinta na própria pele o que é ser vitima de marginais, e não de crianças e adolescentes.

Para terminar, se você realmente acha que estou no partido errado, então você deveria mudar de partido. Pois o meu partido aceita que as pessoas pensem diferentes sobre o mesmo assunto, tanto é que existem várias correntes de pensamentos dentro dele. E o meu pensamento é diferente do pensamento adotado pelo partido em relação ao assunto da Maioridade Penal, eu sou a favor da redução, sim! Acreditando que o ECA deva ser usado para proteger crianças e adolescentes do bem, como os meus filhos, não podendo ser usados para proteger marginais e criminosos que matam, roubam, estupram e vendem drogas.
Essa é minha opinião e quem achar ruim, morre que passa!!!

sábado, 28 de março de 2015

GLOBO RECEBE MAIS UMA VEZ UMA AULA MAGNA DE POLÍTICA INESPERADA E INDESEJÁVEL

Por Maria Frô em março 27, 2015 09:59

Nas raras vezes que vemos um discurso dissonante na Rede Globo, percebemos que o produtor não fez a lição de casa e chamou um pesquisador decente para ser entrevistado. Foi assim que no Bom dia ES, o convidado estragou a festa.
Pesquisadores sérios não repetem o senso comum, não fazem coro à política reacionária da Rede Globo, por isso, o jovem professor Dr. Vitor Amorim de Angelo deu uma surra de coerência e informações democráticas em pleno estúdios da rede golpista de tv.
A entrevista acontecia ao vivo e vemos um apresentador em franco desespero tentando trazer o convidado atrevido para o script.
Mas um professor, formado em História, com mestrado e doutorado em Ciências Sociais, membro do Laboratório de Estudos de História Política e das Ideias, com passagem pelo Centre d’Histoire do Institut d’Études Politiques de Paris (SciencesPo) e pesquisador do Institut des Sciences Sociales du Politique da Université de Paris Ouest-Nanterre La Défense  tem de honrar o conhecimento que acumulou em sua trajetória de formação: graduação em História, mestrado doutorado em Ciências Sociais, não podendo, portanto, tratar a política com o desrespeito e a manipulação global, regras daquela emissora.
Abaixo, o vídeo com o resultado da formação e coerência do jovem professor: 4 minutos de aula sobre política, sistema político brasileiro, democracia, respeito ao pleito eleitoral, com a frase lapidar, brilhante feito um diamante: “A democracia é um regime de confiança, não de adesão. Portanto, não é uma opção aderir ou não ao resultado”, deixando a fala partidarizada de Miram Leitão, reverberada pelo  apresentador do Bom dia ES no chinelo. Estão até agora procurando o rumo de casa.
Assista, vale a pena cada segundo.

Professor Dr. Vitor Amorim de Angelo: Possui graduação em História pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestrado e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos, com estágio de pesquisa no Centre d’Histoire do Institut d’Études Politiques de Paris (SciencesPo). Atualmente, é professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Vila Velha, onde também é Coordenador Institucional de Iniciação Científica, e pesquisador do Institut des Sciences Sociales du Politique da Université de Paris Ouest-Nanterre La Défense e do Laboratório de Estudos de História Política e das Idéias da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência nas áreas de História e Ciências Sociais, com ênfase na política brasileira contemporânea, temática na qual possui livros e artigos publicados.
O professor tem experiência nas áreas de História e Ciências Sociais, com ênfase na política brasileira contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: partidos e organizações políticas, instituições e comportamento político, eleições, esquerdas, ditadura e democracia, mídia, memória social e uso político do passado.


quinta-feira, 19 de março de 2015

CID GOMES: CONCORDO COM ELE, MESMO NÃO GOSTANDO DELE

O Ex-Governador e Ex-Ministro Cid Gomes foi ontem a Câmara Federal para negar as acusações que tinha feito aos deputados. E assim, cumprir as ordens da Presidente Dilma, mas, ele preferiu não mentir e continuar dizendo a verdade sobre a Câmara Federal e seus membros.
Cid Gomes foi convocado pela Câmara para explicar uma declaração que deu em um evento realizado na Universidade Federal do Pará. Na ocasião, sem saber da presença de jornalistas, ele disse que “tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas.” Sendo que ao assumir que chamou os deputados de “oportunistas” e que não mudaria nada do que tinha dito anteriormente, Cid Gomes comprou uma briga não apenas com a Câmara Federal, mas também com a presidente e com seu próprio partido. Com isso o político Cid Ferreira Gomes protagonizou ontem na Câmara Federal um dos momentos mais marcantes, dentre os muitos acontecidos em Brasília. Cid Gomes disso ontem, no plenário da Câmara Federal, o que onze dentre dez brasileiro gostaria dizer para alguns dos 503 deputados. Ele não mentiu, apenas falou a verdade, mas nesse país de hipócritas, falar a verdade muitas vezes é pior que mentir. Atualmente tanto a Câmara como o Senado Federal gozam da total desconfiança da população brasileira, que vêem seus membros como autênticos mentirosos. Assim, Cid Gomes foi apenas uma voz que reverberou o que pensa o povo brasileiro. Um povo que não se ver representado por boa parte dos políticos que exercem mandato eletivo no Brasil, tanto em nível federal, quanto estadual e municipal.
Cid Gomes, não é um exemplo de político a ser seguido, pois é tão mentiroso, quanto os que ele ontem acusou. Mas deixou claro em seu discurso que o problema do Brasil é bem maior que essa investigação da “Lava Jato”.

terça-feira, 17 de março de 2015

DEPOIS DAS MANIFESTAÇÕES...

Dilma diz que governo tem o dever de abrir diálogo e prega humildade

17.03.2015

Presidente argumentou que atos corruptos são anteriores aos governos petistas e defendeu ajuste fiscal

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A presidente manteve o discurso que o ajuste fiscal é necessário para melhorar as contas públicas e garantir que o Brasil volte a crescer, depois de ter dito que "não conseguimos mais fazer políticas anticíclicas como no passado"
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Brasília. O governo federal tem obrigação de abrir diálogo de forma humilde e escutar quando acontecem protestos nas ruas, mas ao mesmo tempo tem de manter a postura firme sobre o que "acha importante", disse a presidente da República, Dilma Rousseff ontem.
As declarações de Dilma ocorrem um dia após centenas de milhares de manifestantes saírem às ruas em diversas cidades brasileiras, em manifestações convocados nas redes sociais contra o governo federal, o PT e alguns pedindo o impeachment da petista.
"O governo irá sempre dialogar com manifestações das ruas... O sentimento tem de ser de humildade e firmeza", disse a presidente, durante evento no Palácio do Planalto, em que sancionou o novo Código de Processo Civil.
A presidente manteve o discurso que o ajuste fiscal é necessário para melhorar as contas públicas e garantir que o Brasil volte a crescer, depois de ter dito que "não conseguimos mais fazer políticas anticíclicas como no passado".
"Não tenho dúvidas de que esses ajustes e correções serão realizados para a defesa de todos os brasileiros", disse ela, acrescentando que o governo atende a uma demanda de restrição de gastos.
Ela salientou que não está acabando com políticas feitas anteriormente, como as desonerações tributárias e ampliação da oferta de crédito, e sim as alterando, modificando ou reduzindo.
Embora tenha reconhecido que há divergências em relação a seu programa de ajuste fiscal, Dilma pregou que se trata do "caminho para continuar crescendo". Ela também admitiu que o direcionamento da política econômica em seu primeiro mandato não foi efetivo como forma de reaquecer a economia.
Menos de três meses após o início de seu segundo mandato, Dilma enfrenta um momento delicado, marcado pela dificuldade de implementar o ajuste fiscal em meio à expectativa de fraco desempenho da economia e escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras. Além disso, o Executivo tem uma conflituosa relação com o Congresso, canalizada no descontentamento de seu maior aliado - o PMDB - e o fortalecimento da oposição.
Corrupção
Durante a primeira declaração pública após as manifestações de domingo, Dilma ainda afirmou que, no Brasil, "a corrupção é uma senhora idosa". A presidente argumentou que as fraudes no governo são anteriores à chegada do PT ao poder.
"A corrupção é uma senhora idosa e não poupa ninguém. Pode estar em todo lugar, inclusive no setor privado", disse a petista.
O escândalo de corrupção na Petrobras, investigado pela Polícia Federal, abalou a imagem do governo e do PT. O delator e ex-gerente da estatal Pedro Barusco acusou o partido de ter recebido até US$ 200 milhões em propina do esquema.
A pauta da corrupção foi central nos protestos de domingo, o que fez o governo procurar respostas para dissipar o mau humor em alguns estratos. Mas, na agenda interna, a presidente renovou apenas uma promessa de campanha: lançar, possivelmente esta semana, um pacote anticorrupção com foco na redução da impunidade.
Legitimidade
O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou ontem que as manifestações de domingo contra o governo Dilma mostram que algo está errado e que o governo precisa ter humildade para reconhecer e consertar.
Em discurso durante encontro com empresários fluminenses na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Temer disse ainda que o governo precisa saber ouvir os desejos manifestados pela sociedade nas ruas.
"Essas manifestações são mais que legítimas, e muitas vezes até necessárias", disse Temer, que participou ontem de uma reunião convocada mais cedo por Dilma com a equipe de coordenação de governo, da qual participaram dez ministros.
Novo Código
Segundo seus formuladores o novo Código do Processo Civil sancionado ontem deve reduzir a morosidade dos processos na Justiça brasileira. Com pouco mais de mil artigos, o novo CPC, como é chamado o código, deve ter a íntegra publicada no "Diário Oficial da União" de hoje.
As alterações sancionadas entrarão em vigor dentro de um ano. Apesar da cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o texto aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado pode ter trechos suprimidos.
Durante o evento no Planalto, Dilma ressaltou o caráter mais popular e moderno do novo CPC, que, segundo ela, tem como base três pontos fundamentais: a garantia do amplo direito de defesa e do contraditório; a duração razoável do processo legal; e a eficácia das decisões tomadas pela Justiça.
A principal mudança no código, na opinião dos congressistas que aprovaram a proposta, é acelerar a tramitação dos processos na Justiça. As causas passam a ser julgadas em ordem cronológica, evitando que as mais antigas fiquem sem análise.
O novo CPC também reduz recursos no Judiciário, o que deve diminuir o tempo de julgamento das ações pela metade. Para agilizar os processos, o código ainda fixa pagamento de multas de até 20% do valor da causa se ficar comprovado que os recursos apresentados tinham apenas intuito protelatório.
Fonte da Informação Site do Jornal Diário do Nordeste

segunda-feira, 16 de março de 2015

BANCO DO BRASIL: CESGRANRIO DIVULGA GABARITOS

Aproveite para verificar seu desempenho no Concurso do Banco do Brasil.
Segue a baixo o link dos gabaritos:
http://www.cesgranrio.org.br/concursos/evento.aspx?id=bb0214

sábado, 14 de março de 2015

MAIS UMA DA EXPRESSO GUANABARA


DENUNCIA FEITA POR THIAGO VASCONCELOS

“POR GENTILEZA,
PEÇO QUE COMPARTILHEM O FATO DESAGRADÁVEL QUE OCORREU COM MINHA ESPOSA DENTRO DO ÔNIBUS DA EMPRESA EXPRESSO GUANABARA!!!

Descrição do ocorrido: vinha me deslocando de Fortaleza para Sobral quando derrepente fui surpreendida de forma desagradável ao chegar na rodoviária de Sobral. "Furtaram minha bolsa", essa foi minhas palavras em alto e bom som no interior do ônibus. Isso mesmo, furtaram minha bolsa com um Ultrabook Dell Inspiron, um livro do acervo da biblioteca da Unifor e outros pertences pessoais. Ao falar que desapareceu minha bolsa, vários passageiros começaram a verificar também os seus pertences, e mais um falou que o notebook havia desaparecido de sua mochila, percebemos que fomos furtados na parada intermediária realizada na cidade de Itapajé, para ir ao banheiro e comer alguma coisa, em torno de 20 minutos. Pior, um dos funcionários da empresa de transportes EXPRESSO GUANABARA foi categórico em dizer que "isso acontece todos os dias, é melhor a senhora ir comprar logo outro", como assim!? Isso me revoltou ainda mais. O motorista queria me "expulsar" do ônibus porque queria seguir viagem para o destino final, Camocim, mas disse que o ônibus não saíria do local enquanto que a polícia chegasse para averiguar a situação. Alguns familiares de prontidão se deslocaram para a rodoviária de Sobral para me dar apoio, e lá indagamos o representante da empresa, o senhor Elias, mas o mesmo foi categórico em dizer que a empresa não se responsabilizava por bagagens que estão localizadas na parte de cima (dentro do ônibus), somente se responsabilizam por bagagens que estão na parte de baixo do ônibus, no bagageiro.
Os policiais nos instruíram a comparecer na delegacia de Sobral para realizar um boletim de ocorrência e entrarmos com uma ação reparadora moral e de bens materiais.
Consultamos um advogado de alto gabarito e o mesmo nos instruiu com os mesmos procedimentos, realizar um boletim de ocorrência, e entrar com ação, visto que, diversos casos semelhantes já ocorreram e como as vitímas não foram "correr atrás" dos seus direitos, fica no descaso. Temos casos semelhantes que já foi julgado e dado ganho de causa pelo juiz, como este caso (link): http://www.opovo.com.br/…/estudante-que-teve-bagagem-extrav… Além de, ter várias reclamações no site Reclame Aqui.
Abaixo segue as provas concretas do acontecimento e os dados. OBS.: Ao comprar a passagem, na maioria das vezes, os vendedores da EXPRESSO GUANABARA não nos perguntam se queremos
um tal de "Seguro Viagem", e ao verificar minha passagem vi que havia pago e estava com o comprovante do seguro viagem em mãos. Liguei para a seguradora e a mesma já "tirou o corpo" de fora, passando a responsabilidade para a empresa EXPRESSO GUANABARA.

Empresa: EXPRESSO GUANABARA
Motorista do ônibus: Valdir Filho
Nº do ônibus: 0711297
Placa: OIK-7079”

Texto publicado na integra, reclamação-denuncia feita por Thiago Vasconcelos no seu Facebook, https://www.facebook.com/profile.php?id=100006365928639