segunda-feira, 19 de setembro de 2011


GREVE DOS CORREIOS ATRASA 4  EM CADA 10 CORRESPONDÊNCIAS
Paralisação de funcionários segue pelo 5º dia. Veja como evitar multas por atraso
Marcel Gugoni, do R7

Mauricio de Souza/Hoje em Dia
Empresa diz que 30% de seus funcionários
pararam. Sindicato fala em mais de 70%
Mais de 60 mil cartas e encomendas deixaram de chegar aos seus destinos na semana passada por causa da greve dos Correios, que chega nesta segunda-feira ao seu quinto dia. O número representa 4 em cada 10 correspondências entre as 150 mil que deveriam ter sido entregues desde quarta-feira da semana passada, quando os funcionários da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) decidiram cruzar os braços.
A empresa diz que esse número deve ficar menor nesta semana, apesar de a paralisação prosseguir. Isso porque “os Correios fizeram uma força-tarefa de fim de semana para adiantar a entrega”, como informou a empresa ao R7.
- Os Correios estão priorizando a entrega das faturas quando há conhecimento da data do vencimento. As concessionárias e bancos avisam a data do lado de fora das cartas e corremos para evitar prejuízo.
Os Correios dizem que em torno de 30% de seus 108 mil funcionários estão parados. Eles exigem reajuste nos salários e melhores benefícios. A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) diz que número de empregados de braços cruzados é maior: 70%.
José Gonçalves de Almeida, o Jacó, diretor da Fetcesp e membro do comando de negociação, afirma que os trabalhadores querem um aumento de 7,16% nos salários e mais 24,76% referentes a uma reposição de perdas salariais dos anos de 1994 e 2002. Os Correios ofereceram reajuste de 6,87%.
Para evitar dores de cabeça com multas e juros, o brasileiro que recebe contas em casa deve procurar as empresas prestadoras de serviço – distribuidoras de água, luz, empresa de telefonia, entre outros – para negociar uma forma alternativa de receber a fatura ou renegociar o prazo para pagamento.
Patricia Petrilli, supervisora de serviços essenciais do Procon-SP, diz que os clientes que se sentirem lesados devem procurar os órgãos de defesa, mas que não é recomendável ficar esperando as contas chegarem, porque elas podem nunca chegar.
- O consumidor não pode ser onerado [pela greve dos Correios] porque é uma situação que não depende dos consumidores. A gente orienta que se o consumidor já sabe qual é a data de vencimento, ele se antecipe e procure outra forma de efetuar o pagamento para não ter problema. Ele tem que tentar conversar, ir até a loja ou ao banco.
Ela diz que as empresas que enviam as cobranças por correspondência postal são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor, seja ela um boleto pela internet, por fax, por depósito bancário, entre outras. As credoras devem, inclusive, divulgar amplamente as alternativas disponíveis.
Os Correios estimam que deverão deixar de circular pouco mais de 60 milhões de correspondências por dia nas próximas semanas – e a greve não tem previsão para terminar.
Em nota divulgada na sexta-feira (16), a Fentect diz que “não haverá recuo até que as reivindicações sejam atendidas”.
Fonte da Informação R7

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