segunda-feira, 14 de outubro de 2013

ADEUS AO SONHO DO ACESSO

O ano esportivo se encerrou para o Leão, que completou o seu quarto ano seguido na Série C do Brasileiro

Após abrir 2 a 0 em cima do Sampaio Corrêa/MA, ontem à tarde numa Arena Castelão lotada, o Fortaleza deixou o adversário empatar em 2x2 e com isso foi eliminado das disputas da Série C do Campeonato Brasileiro.

Mesmo estando à frente do placar, o Fortaleza não se armou para competir em pé de igualdade com o Sampaio Corrêa, que dominou a maior parte do jogo. O Tricolor preferiu recuar e chamar o adversário para o seu campo FOTO: WALESKA SANTIAGO

Tal como ocorreu ontem, na última rodada da fase classificatória, o Leão não empolgou em nenhum momento da competição, ao ponto de passar a confiança suficiente à torcida de que se classificaria para a fase de mata-mata da Série C.

Nos dois últimos jogos, o Leão do Pici cometeu o mesmo erro de partir na frente do placar e ceder o empate. Tivesse vencido o Cuiabá, no jogo anterior fora de casa, quando também cedeu a igualdade no marcador, teria se classificado.

O castigo ao Tricolor se traduziu em números, pois aos 47 minutos, ele estava na liderança do Grupo A, mas com o empate no Castelão e a derrota do Santa Cruz para o Treze, saiu da primeira posição para a quinta, fora irremediavelmente da Série C.

Jogo
A estruturação tática posta em prática pelo técnico do Fortaleza, Luiz Carlos Martins, mostrou-se equivocada na partida, pois o Sampaio Corrêa foi superior praticamente o jogo todo.

Mesmo assim, o Leão chegou ao gol em um pênalti questionado pelos maranhenses. Aos 2 minutos, o atacante Robert foi driblar um defensor e pareceu empurrado por este na área. O árbitro deu pênalti. Aos 4 minutos, Waldison cobrou a penalidade e colocou o Tricolor em vantagem no placar.

Mesmo estando à frente do placar, o Fortaleza não se armou para competir em pé de igualdade com o Sampaio. A meia cancha marcava mal. Guaru sobrevivia apenas pelas bolas paradas e a zaga da Bolívia Querida dava conta, sem problemas dos atacantes tricolores.

A estruturação tática com três atacantes complicou a marcação e as jogadas pelos lados. Eduardo Luiz, que é zagueiro, não conseguia apoiar. Waldison recuava para ser o ala direita e se desgastava. Tanto é que acabou recebendo cartão amarelo.

Num raro momento de apoio do lateral-esquerdo Marinho Donizete, Robert cabeceou por cima da trave. O Sampaio dominou o Fortaleza, criando várias situações para marcar, especialmente com Leandro Kível, Lucas, Ribinha e Cleitinho.

Mesmo dominado, o Fortaleza chegou ao segundo gol, sem merecer. Aos 39 minutos, Guaru cobrou falta da direita, o goleiro Rodrigo Ramos se atrapalhou com um grupo de jogadores do Fortaleza e a bola acabou entrando. Quase um gol olímpico.

O placar estava totalmente a favor do Fortaleza e ele só precisava administrar. Coisa que ele não faria. Aos 44 minutos, o goleiro Flávio teve que salvar um gol certo do Sampaio, aos pés de Cleitinho, na pequena área.

Confira os gols da partida:



Pressão
O Sampaio Corrêa encurralou o Fortaleza no segundo tempo. Era ataque atrás de ataque e a defesa tricolor fazendo de tudo para evitar o gol. Assisinho teve a chance de ampliar aos 13 minutos, mas chutou raspando a trave, após um raro cruzamento do improvisado Eduardo Luiz.

O técnico Luiz Carlos Martins, vendo que seu time perdia o meio-campo e também o ataque, resolveu fazer duas substituições, que em nada acrescentaram à sua equipe. Sacou Robert para a entrada do volante Jackson Silva e retirou Guaru para a entrada de Joilson, que apesar das boas referências, nunca encheu os olhos da torcida.

Três atacantes
Pelos lados do Sampaio, o técnico Flávio Araújo trocou o meia Ribinha pelo atacante Edgar. Com isso ficou com Leandro Kível, Egar e Júnior Chicão, também atacante. E foi para cima, armado pelo ex-lateral e hoje meia-armador Arlindo Maracanã. Vaiado pelo estádio inteiro, ele fez ouvido de mercador e deslanchou. Aos 32 minutos, houve um cruzamento da direita e quem estava na área para finalizar: Arlindo Maracanã, diminuindo para 2x1. O medo se instalava na torcida tricolor, que temia o segundo gol do adversário.

Aos 35 minutos, Assisinho saiu para a entrada de Ruan. Este, logo que entrou, teve a bola do jogos ao seus pés. Lançado em profundidade, ele ganhou de um zagueiro na corrida e entrou na área na diagonal. O goleiro veio em sua direção e ele deu um toque fraco, procurando encobrir o goleiro, como ocorrera em outros jogos anteriores e perdeu o gol que daria a tranquilidade ao Fortaleza na partida.

Aos 47 minutos, houve um escanteio para a Bolívia Querida. Na cobrança na área, a zaga do Leão rebateu e houve um chute para a área tricolor. A zaga do Fortaleza, com três zagueiros todos em linha, saíram ao mesmo tempo para tentar surpreender o ataque maranhense em impedimento, mas errou, pois o zagueiro Paulo Sérgio apareceu livre e cabeceou, calando o Castelão, empatando a partida e eliminando o Fortaleza da competição.

No final, vários jogadores do Fortaleza caíram no choro, como Flávio, Esley e Waldison. O goleiro Flávio, por exemplo, passou cerca de 10 minutos, sentado no gramado, chorando sem controle. Foi preciso um grupo de jogadores do Sampaio Corrêa/MA ir até ele para consolá-lo.

Cadeiras quebradas
Segundo informações, cerca de 3 mil cadeiras da Arena Castelão foram quebradas por torcedores revoltados com o resultado. A Arena não se pronunciou ainda sobre os estragos e deve fazê-lo hoje, através de sua assessoria de imprensa.


Martírio em imagens
Da água para o vinho
Torcida tricolor mostrou sua força e compareceu em massa para apoiar o time com 56.143 pagantes, no Castelão. O time correspondeu em um início promissor fazendo 2 a 0 ainda no 1º tempo. Após o intervalo, o Fortaleza recuou e chamou o Sampaio Correa perigosamente para o seu campo. A tática custou-lhe o empate no final. Técnico Luiz Carlos Martins mexeu no time mas não conseguiu impedir o resultado. Torcida deixou o estádio não acreditando no que acabara de ver fotos: Kleber A. Gonçalves/ Kid Júnior






















Fonte da Informação Jornal Diário do Nordeste

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