terça-feira, 7 de maio de 2013

BREJO SANTO: PM EM CHEQUE


Justiça afasta major da PM de Brejo Santo

Redação Web | 15h04 | 07.05.2013

Giovani Sobreria é acusado de liderar quadrilha de policiais

O major da Polícia Militar que fazia parte do comando do 2º Batalhão de Brejo Santo, Giovani Sobreira, foi afastado nesta terça-feira (7) acusado de vários crimes, incluindo abuso de autoridade, atos de denunciação caluniosa, tortura e corrupção.
O afastamento foi determinado por um decisão judicial que autorizou a retirada do PM do cargo. Após investigação feita pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE), o órgão também havia solicitado a prisão preventiva do major, o que não foi acatado pela Justiça.
O PM seria líder de uma quadrilha composta por policias militares, acusada de praticar crimes de ameaças, constrangimentos ilegais, falsos testemunhos, abusos de autoridade, violações de domicílios, violência arbitrária, denunciação caluniosa, tortura e corrupção.
Por meio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e do Ministério Público Federal, o MP-CE chegou a ouvir as vítimas dos crimes de tortura. Em pelo menos um dos casos, as lesões sofridas em decorrência da tortura foram fotografadas e filmadas, além de confirmadas por perícia médico-legal.

Decisão judicial impõe proibições
Além do afastamento, a Justiça determinou que o major está proibido de se fazer presente à sede da Companhia do 2º BPM em Brejo Santo e também deve se recolher em casa diariamente a partir das 18h.
O major também não poderá se aproximar e nem manter contato pessoal com as vítimas e seus familiares, devendo deles manter distância mínima de 100 metros. O acusado ainda está proibido de manter contato com os outros PMs citados na investigação.
Na residência do PM, foram apreendidos documentos relevantes para as investigações, munições e uma arma cujas procedências ainda serão averiguadas. Alguns sacos plásticos com um pó de cor branca também foram encontrados na casa de Giovani Sobreira. O material será encaminhado para a perícia verificar se constitui substância entorpecente.
Na 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar, em Brejo Santo, foram encontrados uma cédula falsa de R$ 10,00, uma porção de substância semelhante a maconha, arma calibre 22 e vários cheques que somam o valor aproximado superior a R$ 24 mil.
Durante a vistoria, três policiais militares ainda foram presos por estarem com armas sem o devido registro (duas armas calibre 38 e uma arma calibre ponto 40).
Fonte da Informação Diário do Nordeste

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