COMISSÃO
DE JUSTIÇA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA EXAMINA O RELATÓRIO CONTRA O GOVERNADOR
O Deputado Sérgio
Aguiar, presidente da CCJ
informou que o processo
será apreciado
FOTO BRUNO GOMES |
A expectativa dos
deputados é que quinta-feira desta semana, seja votada no plenário da
Assembleia Legislativa, a decisão da Comissão de Constituição, Justiça e
Redação (CCJ) sobre o ofício enviado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ),
pedindo permissão da Casa para iniciar um processo contra o governador Cid
Gomes (PSB), em razão de queixa-crime apresentada pelo ministro dos
Transportes, Alfredo Nascimento, naquela Corte, insatisfeito com declarações
feitas por Cid Gomes.
De acordo com o relator
do processo, deputado Antônio Granja (PSB), a intenção é entregar o seu parecer
hoje à tarde, durante a reunião da CCJ. Os deputados membros da comissão vão
decidir se acatam ou desaprovam o que Antônio Granja apresentou em seu
relatório, ou seja, se a Assembleia autoriza ou não que o governador seja
processado enquanto estiver no mandato.
A defesa do governador chegou à
Assembleia na sexta-feira, dia 24, último dia para Cid Gomes apresentar a sua
versão dos fatos. Conforme o presidente da CCJ, deputado Sérgio Aguiar (PSB), o
documento enviado pelo governador deu entrada na Assembleia ao meio dia.
Contudo, Granja disse ter recebido as explicações do governador na sexta-feira
ainda pela manhã.
Para que a decisão seja
encaminhada à votação no plenário na quinta-feira, será necessário a CCJ
apreciar o relatório do deputado Antônio Granja nesta terça-feira. O relatório
será lido ainda no expediente de quarta-feira para então, poder ser votado no
plenário da sessão seguinte, uma recomendação do Regimento Interno da Casa.
A defesa do governador,
para o exame da Assembleia, foi assinada por ele próprio. Em cerca de oito
laudas, Cid Gomes afirma que em nenhum momento, fez referências à pessoa física
do ministro, dirigindo-se então a figura pública de Alfredo Nascimento.
Sobre o fato de ter
acusado o ministro de "inepto, incompetente e desonesto", e de ter
classificado o Ministério dos Transportes como um "antro de
corrupção", o governador esclarece que o comentário ocorreu em um evento
político, onde estava sendo cobrada uma reação do Estado contra a precariedade
das estradas federais que cortam o Ceará.
Tanto na CCJ quanto no
plenário, as votações que decidirão se Cid Gomes poderá ou não ser processado
enquanto exerce função de governador do Estado serão secretas, como reservado
está todo o teor da defesa do governador. Conforme o Regimento da Casa, no
plenário, o parecer enviado pela Comissão de Constituição e Justiça necessitará
do voto de 2/3 dos deputados, ou seja, 28, para ser aprovado. A Assembleia é
composta por 46 parlamentares.
Fonte:
http://diariodonordeste.globo.com
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