Amanhã, 17 de abril de 2016, será de qualquer maneira, um dia histórico para o Brasil. Não importa o resultado da votação na Câmara Federal, só o povo brasileiro será o perdedor, principalmente a população mais pobre e menos assistida desse país tão sofrido.
Muitos acreditam que tirar a Presidente Dilma do poder será a solução para os problemas brasileiros. Ledo engano, será apenas o pontapé para as piores mazelas que esse país um dia sonhou em passar. A corrupção, problema principal das dificuldades da população pobre, começa na hora do voto para Vereador, e tem como principal culpado, o eleitor. Na verdade, o culpado é o "Analfabeto Político", aquele que Bertolt Brecht apresentou assim: "O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais." Esse é o eleitor que é culpado de todas as mazelas existentes nesse país chamado de Brasil. Se ele participasse das decisões da sua casa, da rua, do seu bairro e da sua cidade, elegendo pessoas honestas para os cargos políticos lá existentes, com certeza teriamos muito menos corruptos no Brasil.
Amanhã poderemos ter o segundo presidente do Brasil, tirado do poder pelo impeachment. Não um impeachment com fundos jurídicos, mas com fundos políticos. Mas uma vez, o "Brasil de Pijamas", poderá ter o Poder Executivo Federal trocado na virada da noite para o dia. Uma derrota para a Democraciaa, uma derrota para aqueles, como eu, que lutaram e ficaram fileiras contra todo e qualquer pensamento que vislumbre uma nova ditadura.
A escritora e filósofa Marilena Chauí disse que vê os pedidos de impeachment como um ataque aos avanços democráticos construídos após o fim da ditadura. “Independentemente das limitações das ações desses últimos governos, foi nessa direção que se caminhou. Na direção de um espaço público republicano e de um espaço democrático de direitos. É isso que ser quer frear”.
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