Romário deixa de incomodar goleiros para atrapalhar candidatos a déspota
Romário tem lutado na Câmara para inserir a CBF em projeto de lei para regular reeleições sucessivas em entidades esportivas
Romário continua artilheiro no exercício parlamentar. Marcou mais um gol e está fazendo gente que nunca precisou se preocupar muito com contrariedades ter de se rebolar para correr atrás do prejuízo. O projeto aprovado na Câmara Federal como emenda da medida provisória 620/2013 na semana passada começa a incomodar José Maria Marin e seus bons companheiros. É que o texto limita o tempo de mandato de dirigentes esportivos ao máximo de oito anos (quatro anos mais uma reeleição) em entidades que recebam recursos públicos. A desobediência às novas regras acarreta em perda de financiamentos advindos dos governos para clubes, ligas nacionais e regionais, entidades de administração regional e nacional do desporto, além dos comitês Olímpico e Paraolímpico.
A princípio, a determinação não atingiria a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), presidida por Marin, uma vez que ela não recebe diretamente esses benefícios governamentais. O que estava claro e muitos faziam questão de relegar a segundo plano é que a entidade máxima do futebol brasileiro, que há muitos anos vem enriquecendo meia dúzia de “afortunados”, recebe, sim, recursos públicos. Ora, se a presidenta sancionou a Lei 12.350, que oferecia à CBF isenção fiscal por estar diretamente ligada à realização do Mundial de 2014, naturalmente se conclui que a mesma está sendo beneficiada pelo governo!
E é aí que Romário aparece na área para marcar. O Baixinho está fazendo um esforço para que a Confederação seja incluída no projeto de lei, o que faz total sentido! Ato contínuo, há informações de que um tal de Vandembergue Machado, diretor de assessoria legislativa da entidade (um cargo no mínimo curioso para existir numa instituição que tem como função básica cuidar apenas da Seleção Brasileira e de campeonatos de futebol pelo País), estaria articulando ferozmente nos bastidores do Senado para que a votação por lá seja adiada ad infinitum. Tudo para que gente como Marco Polo Del Nero, com o apoio irrestrito de Marin, possa se regozijar em regime totalitário por mais algumas decadazinhas…
É torcer para que o camisa 11 do parlamento mande mais essa para as redes…
Fonte da Informação Jornal Diário do Nordeste
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