Entre janeiro e abril, a poupança
acumulou ganho de 2,44% e se tornou modalidade mais rentável de renda fixa
São Paulo A
tensão no mercado financeiro internacional e as pesadas intervenções do Banco
Central (BC) no câmbio catapultaram o ouro e o dólar à liderança do ranking dos
investimentos de abril. O levantamento mostra, também, que a poupança está cada
vez mais competitiva em relação aos demais produtos de renda fixa do País, como
fundos DI, fundos de renda fixa e CDBs.
Entre janeiro
e abril, a caderneta acumula rentabilidade de 2,44%. Como não paga imposto
algum, é um rendimento líquido. No mesmo período, os fundos DI valorizaram
2,54%, os CDBs, 2,55%, e os fundos de renda fixa, 3,01% - também em termos
líquidos, descontada uma alíquota de IR de 27,5%.
Como o
ranking considera uma média, o administrador de investimentos Fabio Colombo
calcula que, para equilibrarem com a caderneta, fundos DI devem ter taxa de
administração máxima de 1,5% a 2%.
No caso dos
fundos de renda fixa, a taxa máxima deve ser de 1% para aqueles que não
incluírem papéis privados entre seus ativos. Colombo chama a atenção dos
investidores justamente nesse ponto.
Ele explica
que, por causa da concorrência com a poupança, muitos gestores de fundos têm
comprado títulos de dívida emitidos por empresas. Esses papéis pagam mais do
que os títulos do governo. "O problema é que muita gente ainda não atentou
que os papéis privados oferecem mais risco", afirmou.
"Por
isso, é fundamental que o investidor que queira entrar num fundo de renda fixa
analise bem a carteira".
Outra dica do
especialista é que o investidor deve ter calma em meio ao ambiente atual de
aumento da competitividade da poupança. "Vale a pena esperar mais um pouco
para ver como as coisas vão ficar, porque algumas trocas podem não
compensar", aconselha.
Em relação ao
ranking de abril, o ouro ficou na primeira colocação por causa do aumento das
tensões no exterior, que valorizaram o metal no mercado internacional e da
valorização do dólar, que também resulta do vaivém global e das intervenções do
BC no câmbio. O preço do ouro aqui dentro é função da cotação externa e do
dólar.
O Índice da
Bolsa de Valores de São Paulo terminou o mês na rabeira do ranking. A
desvalorização de 4,61% fez com que abril se tornasse o pior mês para a Bolsa
desde setembro de 2011.
Fonte da
Informação Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário