PRINCIPAIS
SINDICATOS REJEITAM PROPOSTA DOS CORREIOS, DIZ FENTECT
Greve deve continuar por tempo indeterminado, segundo Almeida. Pelo
menos 18 dos 35 sindicatos teriam de aprovar acordo; 14 já recusaram.
Fabíola Glenia do G1, em São Paulo
Embora a
Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e
Similares (Fentect) ainda esteja fechando um balanço oficial, a informação,
dada por José Gonçalves de Almeida, o Jacó, diretor da entidade, era que, perto
das 15h, os principais sindicatos haviam rejeitado a proposta da direção dos
Correios para colocar fim à greve que começou no dia 14 de setembro.
Assembleia no DF rejeita proposta da direção dos Correios (Foto: André Dusek/AE) |
Até
o momento, São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná,
Paraíba, Sergipe, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Espírito
Santo, Amazonas,
Bahia
e Ceará
já recusaram o acordo.
Ainda
na tarde desta quarta-feira (5), Rio Grande do Sul e Goiás realizam assembleias
para decidir a respeito da continuidade da paralisação.
“Eles
[RS e GO] têm orientação de rejeitar também. Se tiver um sindicato pequeno que
aceite a proposta será muito. Provavelmente, o acordo será rejeitado por ampla
maioria, talvez até por unanimidade, porque a proposta é muito ruim”, disse
Almeida. Portanto, segundo o diretor da entidade, a greve deve continuar por
tempo indeterminado.
Proposta
Na
terça-feira (4), a Fentect aceitou o acordo que foi levado para votação em
assembleias nesta quarta. O documento precisaria ter o apoio de pelo menos 18
dos 35 sindicatos vinculados à Fentect para passar a valer e, caso fosse
aprovado, os funcionários retornariam ao trabalho já na quinta-feira.
O
desconto dos dias parados segue sendo o principal entrave para um acordo. Pela
proposta da direção dos Correios, feita na véspera, os funcionários teriam seis
dias de trabalho descontados a partir de janeiro, sendo meio dia por mês, num
total de 12 parcelas. Quem preferir, poderia autorizar desconto em período
menor.
A
proposta previa ainda pagamento de aumento real de R$ 80 retroativo a 1º de
outubro, além de reajuste de 6,87% nos salários e benefícios a partir de 1º
agosto. Os funcionários também teriam que trabalhar durante finais de semana e
feriados para colocar em dia as entregas atrasadas.
Foram
quatro horas de negociações até o acordo ser fechado na terça-feira. "Não
foi a melhor proposta, mas foi a proposta possível. Depois de 21 dias de greve,
os funcionários estavam ansiosos para voltar ao trabalho", disse, na
ocasião, o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva.
Até
a terça-feira, cerca de 136 milhões de correspondências estavam atrasadas no país,
segundo os Correios.
Fonte da Informação
G1
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