segunda-feira, 6 de maio de 2013

PROTESTO NO PALÁCIO DO GOVERNO


Manhã de segunda-feira é marcada por protestos na sede do Governo do Estado

Redação Web | 15h07 | 06.05.2013

Profissionais da saúde ameaçam paralisar as atividades, caso não sejam atendidos pelo governador

O Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado, viveu uma manhã de protestos nesta segunda-feira (6). Três grupos estiveram reunidos no local tentando uma audiência com o governador Cid Gomes.

Durante o protesto, crianças tomaram banho no espelho d´água do Palácio da Abolição. Foto: Wilson Medeiros

Os profissionais da saúde do Estado do Ceará com nível médio e superior estiveram na sede do governo para reivindicar uma reformulação no plano de carreiras de diversas categorias. O grupo chegou a paralisar por um instante o fluxo de veículos na Avenida Barão de Studart.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Ceará, Márcio Batista, há mais de 13 anos o plano de carreiras está desatualizado. "As nossas tabelas salariais estão defasadas. Para se ter uma ideia, tem profissional como enfermeiro ganhando R$ 1.400,00 por uma jornada de 20 horas em hospital. Outras categorias já foram agraciadas (com a reformulação do plano de carreiras), como os médicos, os odontólogos e o pessoal de nível médio, mas eles tiveram, inclusive, perda de gratificações salariais e estão hoje aqui conosco" explica o farmacêutico.

Ainda de acordo com Márcio Batista, os profissionais poderão até mesmo paralisar as atividades este mês, caso não consigam uma audiência com o governador. "Vamos fazer mobilizações durante todo o mês de maio", disse.

Participaram do protesto farmacêuticos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e nutricionistas.
 


Moradores da comunidade 17 de Abril, no José Walter, temem chegada dos moradores da Via Expressa
Além dos profissionais da saúde, moradores da comunidade 17 de Abril, também conhecido como Montenegro, no Conjunto José Walter, estiveram acampados no Palácio da Abolição nesta segunda. 

Eles pedem que o Governo do Estado intermedie uma reunião entre moradores e Prefeitura de Fortaleza para que o órgão municipal garanta a eles a prioridade na realocação para o Conjunto Habitacional Cidade Jardim, que está sendo construído pela Prefeitura no bairro. 

O grande temor do grupo, conforme a coordenadora do acampamento, Denise Brito, é de que os moradores da Via Expressa, que devem ser transferidos para o José Walter devido às obras do veículo leve sobre trilhos (VLT), sejam abrigados pela Prefeitura antes deles. "O conjunto foi uma luta nossa. A gente vive em barracos, sob condições difíceis para crianças e idosos, estamos há 3 anos nestas condições. Nossa preocupação é que o pessoal do VLT seja colocado lá primeiro" explica a líder do movimento. 

Outra demanda dos manifestantes é o cumprimento de um acordo entre moradores, Prefeitura e Ministério Público de que a comunidade teria água e energia até o dia em que fosse transferida. De acordo com Denise, a Coelce fez várias tentativas de corte no local.

No fim da manhã, o grupo foi atendido por uma comitiva da Secretaria das Cidades. De acordo com a assessoria do órgão, as famílias ocupantes da comunidade 7 de Abril têm prioridade e serão as primeiras a serem transferidas para a Cidade Jardim.

assessoria de comunicação da Coelce afirma que não foi notificada de nenhum acordo entre a antiga gestão municipal e o Ministério Público. Ainda segundo a assessoria da empresa, as ligações de energia do local são clandestinas, o que se constitui crime.
 


Moradores do Parque Santa Maria também querem audiência com o governador
Outro grupo de manifestantes presentes na sede do governo foram moradores do Parque Santa Maria/Avenida Brasil. Assim como as famílias da comunidade 17 de Abril, eles querem que o governo interceda junto à Prefeitura pela regularização de suas residências. 

De acordo com o chefe do movimento, Elisvaldo Neris, as famílias construíram casa em um terreno pertencente ao governo municipal e sofrem constantes ameaças de serem despejadas. "A gente já está lá há 1 ano, já temos casa construída e o pessoal do Habitafor e da Regional VI vive pressionando pra gente sair daqui. Queremos o intermédio do governador para que a prefeitura possa resolver nossa situação", afirmou. 

Em nota, a Secretaria Executiva Regional VI disse que "a Prefeitura de Fortaleza está trabalhando na retomada de espaços e terrenos públicos ocupados de forma irregular. No entanto, o titular da Regional VI, Renato Lima, vai receber os representantes do protesto, nesta terça-feira (7), às 11h, para escutar as demandas do grupo e dar os encaminhamentos necessários".

A reportagem também tentou entrar em contato com a assessoria do Habitafor, mas as ligações não foram atendidas.
 

Cid Gomes esteve em reunião no Banco do Nordeste na manhã de segunda-feira, segundo assessoria
De acordo com a Assessoria de Imprensa do Governo do Estado, o governador Cid Gomes não pode atender aos 3 grupos de manifestantes porque participava de uma reunião no Banco do Nordeste, na manhã desta segunda-feira.
Fonte da Informação Diário do Nordeste

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