sexta-feira, 2 de novembro de 2012


ZÉ DA GUERRA - O PRACINHA CAMOCINENSE NA 2ª GUERRA MUNDIAL

Santinho de José Batista Barbosa. Arquivo da Família Barbosa.
Ele nasceu fortalezense, no dia do padroeiro de todos os cearenses, São José (19 de março de 1924), mas morreu camocinense(29.01.2001). Entre estes dois marcos de sua vida de 77 anos, JOSÉ BATISTA BARBOSA, o popular ZÉ DA GUERRA foi um daqueles homens que tinham realmente muitas  histórias para contar. Como o próprio apelido aponta, ele foi um dos pracinhas brasileiros que participaram da contrapartida brasileira no esforço dos Aliados naSegunda Guerra Mundial  contra o Eixo.
Segundo dados de uma biografia feito por familiares de Zé da Guerra, aos dezoito anos ele "ingressou no Exército Brasileiro para cumprir o serviço militar obrigatório, na cidade de Fortaleza, porém para o cumprimento do serviço militar teve que embarcar em navio para a cidade de belém rumo à 8ª Região Militar, aonde veio se especializar em soldado combatente em Artilharia Antiaérea, manuseando metralhadora Tripé Calibre 50". Por ser da artilharia, Zé da Guerra, ainda segundo o documento familiar, foi o único soldado artilheiro a representar o Estado, posto que a maioria dos soldados convocados para o esforço de guerra eram da infantaria e ficaram de sobreaviso aguardando chamado, mas que não vieram realmente a combater. Desta forma, quando adolescente, sempre ouvia alguém dizer que Zé da Guerra não tinha ido ao teatro da guerra, fato este que a família esclarece neste documento, dentre outros utilizados para receber uma indenização do Governo Federal. De volta da guerra, onde combatera no "Segundo Escalão da Força Expedicionária Brasileira que participou ativamente ao lado das tropas americanas, nos combates nos Alpes italianos", os pracinhas foram recebidos no Porto do Rio de Janeiro e saudados com discurso do Presidente Getúlio Vargas. Zé da Guerra, homenagado com a Medalha de Campanha, dentre outros documentos, pede transferência para o 23º BC - Batalhão de Caçadores e "em seguida deu baixa no serviço militar". Aos vinte e três anos, procurando por parentes acaba vindo para Camocim, onde estabeleceu-se como mecânico de máquinas na antiga REFFSA, emprego este garantido por Decreto Federal para quem havia sido declarado ex-combatente. "Casou-se com Maria Torres Barbosa om quem teve vários filhos."

Fonte: Biografia de José Batista Barbosa por sua neta Carine Barbosa. Gentilmente cedida pelo Prof. Paulo José.

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