quinta-feira, 14 de março de 2013

DIA DA POESIA


“MEDO”

Finjo não verte,
pois tenho medo.
Sei que te quero,
me desespero.
Sinto o perigo,
se estais comigo.
Quando por perto,
finjo-me cego.

Se tu me falas,
eu sou um surdo.
Se me perguntas,
finjo-me mudo.

Busco motivos
para te abraçar.
Encontro razões
para me afastar.

Sinto um desejo,
pelo teu beijo.
Osculo tua mão,
nunca o teu rosto.

Não é pecado,
mas é errado.
Pois para mim,
tu és mulher.

Maurício Lima – 23/06/2001

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